Junior, Pleno e Sênior

Junior, Pleno e Sênior

Vamos começar a discutir por aqui: o que é um desenvolvedor júnior, um pleno e um sênior?

Nossa profissão como desenvolvedor naturalmente traz algumas particularidades em comparação com outras atividades: é “rápido” se tornar um desenvolvedor. Muitos já dizem que não precisa de graduação para atuar com desenvolvimento e vemos muitos cursos e bootcamps que prometem te preparar para toda jornada de desenvolvimento com pouquíssimo tempo de estudo. Enquanto isso, temos desenvolvedores de longa data que precisam se readaptar completamente a uma tecnologia que acabou de surgir no mercado. No meio dessa confusão, como definir o que é um desenvolvedor júnior, um pleno e um sênior?

Júnior, Pleno e Sênior

Primeiramente vamos entender, em um conceito geral, o que é um júnior, um pleno e um sênior.

O senso comum diz que essa definição vêm conforme o tempo em que você está no mercado de trabalho: júnior até 5 anos no mercado, pleno até 10 anos, e sênior de 10 em diante. Outra forma de definir o que é júnior, pleno e sênior é comparando a produtividade: o júnior é alguém iniciante, que está começando agora com desenvolvimento e ainda precisa de bastante ajuda; o pleno é alguém que consegue entregar demandas de forma independente, e dá conta de resolver sozinho; o sênior é aquele que não só consegue resolver as demandas, mas sabe o que está fazendo e consegue repassar este conhecimento ao júnior e ao pleno.

Na prática, essas duas definições podem se contradizer bastante. Vemos desenvolvedores sêniores com 3-4 anos de experiência e, enquanto vemos desenvolvedores com anos no mercado de trabalho para que não conseguem entregar uma simples demanda porque está trabalhando com uma nova tecnologia.

Temos que considerar que ser desenvolvedor difere de qualquer outra profissão. Temos uma profissão que é relativamente fácil entrar no mercado, quando comparada as outras; ao mesmo tempo, tudo está mudando a todo tempo, daqui a 5 anos a tecnologia que você trabalha não ser mais relevante para o mercado. Pode ser bem capaz alguém com pouquíssimo tempo de experiência conhecer bem mais de uma tecnologia do que alguém com anos de experiência. E pensando assim, é realmente difícil definir o que é ser um Júnior, um pleno ou um sênior.

A experiência é, sim, importante

Mas calma, é claro que a experiência é importante. Alguém com 10 anos no mercado indiscutivelmente vai ter mais conhecimento do que alguém com 2 anos de trabalho como desenvolvedor.

As situações, os diferentes problemas encarados durante os anos que se passam trabalhando como desenvolvedor sempre terão muito valor, independente da tecnologia.

Como já disse em alguns outros textos aqui na devGo, desenvolver e programar é muito mais do que código. Trata-se de conceitos, de lógica e de entendimento do que há por trás do código. Uma nova linguagem de programação ou um novo framework jamais irá te tirar do mercado, e seus conhecimentos e experiência sempre serão úteis.

Por que se limitar a um nível?

Precisamos entender que é, sim, possível que alguém com anos de experiência, que conheça todos os conceitos e tenha toda a lógica trabalhada por anos simplesmente não se adapte a nova tecnologia ou novo método de trabalho. Alguém, iniciante e bastante dedicado, poderia muito bem superar as habilidades e conseguir entregar tão bem quanto um desenvolvedor de anos atrás.

Ao contratar alguém, por exemplo, o meu grande ponto de importância é o comprometimento e autoconfiança. É claro que vou analisar o código, buscar qualidades diferentes a depender do nível proposto na vaga, mas ao ser uma pessoa comprometida e esforçada poderia muito bem abandonar estes conceitos pré-definidos de Júnior, pleno e sênior.

A grande questão, por aqui, é porque limitar pessoas a uma “etiqueta”. Não que devemos desconsiderar conhecimento, estudo e experiência, mas sim estarmos abertos a novas possibilidades, afinal podemos sempre ser surpreendidos.

E você, como você vê os juniores, os plenos e os sêniores em desenvolvimento? Participe do nosso canal do Discord e conte para gente!